Quase um mês depois de ter visto este filme (6/12/2010), algumas palavras...
Uma das primeiras "notícias" veio através de um pequeno apontamento na "Voz da Verdade" de 21/11/2010: "Um mosteiro localizado no meio das montanhas da Argélia, na década de noventa. Oito monges católicos franceses vivem em harmonia com a população muçulmana, até que, progressivamente, a violência e o terror tomam conta da região. Apesar das ameaças, os religiosos decidem resistir ao terrorismo e ficar, conscientes do preço dessa escolha. Esta é a história verídica dos monges de Tibhirine, raptados e assassinados por um grupo de fundamentalistas islâmicos durante a guerra civil argelina, em 1996.
Realizado pelo actor e realizador Xavier Beauvois, o filme 'Dos homens e dos deuses' foi o vencedor do prémio Especial do Júri em Cannes 2010 e é o filme seleccionado para representar França nos Oscares de 2011."
Depois de duas recomendações, em forma de email, da Ligia e do André, a única alternativa era mesmo... ir ver o filme!
E correspondeu às elevadas expectativas, fazendo lembrar, o muito mais calmo, mais para o documentário, e para um público mais restrito, "O Grande Silêncio" de Philip Groning (2007).
O irmão mais velho fez-me lembrar várias vezes a fisionomia do velho Abbé Pierre, sendo o filme francês, não sei se com propriedade, mas as tiradas mais engraçadas, no meio daquela tensão, eram quase sempre dele!
E uma vontade ao sair do cinema, na sessão em que vi mais Sacerdotes, apesar de se sentirem as paragens do Metropolitano na estação!!!!, a vontade de finalmente ler o livro "Foucauld no Deserto" de Maurice Serpette (editado pela Fundação à Igreja que Sofre). É o que farei, se Deus quiser, depois de acabar os "Doutores da Igreja", pois sendo bastante mais antigo, terá bastantes similitudes com estes monges franceses. Carlos de Foucauld (1858-1916), soldado francês que se tornou monge eremita no deserto do Sara vivendo entre os tuaregues, foi beatificado pelo Papa Bendo XVI em 13/11/2005.