15 de novembro de 2009

O Cura d'Ars (Francis Trochu)

Eu é que já não tenho cura!!! Desta vez não refiro um livro que tenha acabado de ler, mas precisamente um que comprei na sexta-feira e, que por isso, ainda está para ler e que fará "companhia" aos 78 livros "atrasados" que tenho ainda para ler!!!!! Esta contagem não é exaustiva e não estou a contar, por exemplo, os 8 pequenos livros que se vêem numas destas fotografias:
A "culpa" desta vez foi d' "O Cura d'Ars" de Francis Trochu (Edições Theologica, Braga 1987), um "pequeno" livro de quase 700 páginas (que até se vê nesta terceira fotografia). E também não me pus a contar os DVD's/filmes atrasados!!!!!

13 de novembro de 2009

Caritas in Veritate

Ao fim de um dia é algo duro, ainda para mais ainda não a li (não digam a ninguém!?!), mas o encontro com o Dom Carlos Azevedo sobre a terceira Carta Encíclica do Papa Bento XVI "A Caridade na Verdade" valeu a pena.
Dom Carlos disse que o núcleo central está na introdução, mais longa que o habitual, na conclusão e nos números 34 e 52, que por certo sairam da pena do Papa.
Gostei da ideia que esta encíclica é uma longa tapeçaria, tecida por 2 fios, a Verdade e a Caridade.

Terra Santa - Um ano depois... (Boletim VIII)

A oitava contribuição para o boletim informativo da Paróquia de Nossa Senhora de Belém (Rio de Mouro), a newsletter n.º 80 relativa ao XXXIII Domingo do Tempo Comum.

Terra Santa\ Um ano depois...
“Que alegria, quando me disseram:
«Vamos para a casa do Senhor!»
Os nossos pés detêm-se
às tuas portas, ó Jerusalém!

Por amor da casa do Senhor, nosso Deus,
Pedirei o bem-estar para ti.”
Salmo 121 (1-2.9)

Há cerca de um ano tive a felicidade de poder peregrinar pela Terra Santa. Viver na primeira pessoa, se isso posso afirmar, a Anunciação, a Visitação, o Presépio, o Baptismo, o crescimento de Jesus em Nazaré, a pesca milagrosa e o chamamento dos primeiros discípulos no Mar da Galileia, subir à montanha para escutar as Bem-aventuranças, assistir à multiplicação dos pães e dos peixes e à pregação na sinagoga de Cafarnaúm, ouvir o Pai-Nosso, ver Jesus a chorar sobre Jerusalém, estar na instituição da Eucaristia e Orar com Jesus no Monte das Oliveiras, ver Jesus a ser preso, e, tal como Pedro, negá-lo, percorrer a Via-Sacra a Seu lado, alegrar-me com o Cireneu, pois apesar de “obrigado”, Simão de Cirene fez o que devia ter feito, chorar a morte e alegrar-me com a Sua Ressurreição, fazer o caminho de Emaús e, por fim, ouvir Jesus a dizer: «A paz esteja convosco!», no fundo, tão só testemunhar a vida de Cristo.
Em Jerusalém é impossível ter uma única certeza histórica sobre o verdadeiro local onde cada episódio foi vivido por Jesus Cristo; séculos e séculos de destruições, sismos, incêndios, guerras e o tempo, a isso nos conduziram, mas a cidade Santa é essencialmente um sentimento, a Jerusalém Celeste, para onde queremos caminhar. Já estive em outros locais onde as pedras estão carregadas de história, a grande diferença é que em Jerusalém essa história é também a minha!
Sei que devia ter sido de outra forma, afinal ainda tenho caminho para percorrer, mas não foi a Eucaristia na capela católica (Franciscana) da Basílica do Santo Sepulcro que mais me comoveu, mas A da gruta da Basílica da Natividade em Belém, não consigo explicar o que senti a dizer as palavras do refrão do Salmo 95 “Hoje nasceu o nosso Salvador, Jesus Cristo, Senhor, hoje nasceu o nosso Salvador”.
Uma mágoa, afinal também lá peregrinei como turista, foi não ter conseguido, e se calhar não fiz tudo o que podia, fazer Eucaristia com os irmãos da Terra Santa; até posso contribuir no ofertório de 6.ª-feira Santa para eles, mas ter estado lá e não os “abraçar” é uma tristeza que guardo!

“Vós, porém, aproximastes-vos do monte Sião e da cidade do Deus vivo, da Jerusalém celeste, de miríades de anjos, da reunião festiva, da assembleia dos primogénitos inscritos nos céus, do juiz que é o Deus de todos, dos espíritos dos justos que atingiram a perfeição, de Jesus, o Mediador da Nova Aliança, e de um sangue de aspersão que fala melhor que o de Abel.”
Carta aos Hebreus 12, 22-24

Uma palavra também para a Confirmação dos nossos irmãos no próximo dia 15 de Novembro, por muito que nos custe a compreendê-lo, os Sacramentos não são recebidos porque os mereçamos, mas porque são graças do Dom de Deus. Que o Espírito Santo os ilumine, para serem verdadeiras testemunhas de Cristo.

Continuando com as palavras de David Vieira, retiradas da revista “a folha dos valentes” n.º 352, de Junho de 2006, propriedade da Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos), fazendo parte do artigo “Cinco defeitos de Jesus”:
2.º – Jesus não percebia nada de matemática.Se entendesse de números, não teria dito que um só pecador arrependido valia mais do que noventa e nove justos que não precisam de arrependimento. Só quem não sabe fazer contas é capaz de dizer, como Ele, que setenta vezes sete não é igual a 490, mas sim um número infinito, ou seja, sempre. Até mesmo as contas de multiplicar eram exageradas pela quantidade de pães que sobraram depois de ter saciado a fome à multidão.

3.º – Jesus não estudou lógica.
(a “explicação”, se Deus quiser, apresentá-la-ei na próxima crónica)

10 de novembro de 2009

Ternura dos Quarenta!!!

Um número redondo, que me remete imediatamente para os 40 ladrões do Ali-Bába, mas também para a "Ternura dos Quarenta" do Paco Bandeira, que até tem a parte do la, la, la:

Quando penso o que passei
Fronteiras de solidão
Tinha para dar e não dei
Olhei para trás, e pensei
Não tenho nada na mão

Tive o tempo e não senti
Tive amores e não amei
Os amigos que perdi
E as loucuras que vivi
São tantas que já não sei

Quem eu era?
Quem sou eu e quem pareço?
Se alguém hoje me espera,
Com certeza que mereço

Mereço ainda,
Amor a tua presença
Para enfrentar a vida,
Com a ternura dos quarenta

La, la, la...

Foram tantas as idades
Da vida que atrás deixei
Não quero sentir saudades
Estou em outras amizades
Amar o que não amei

Os copos que não bebi
Os discos que não toquei
Os poemas que não li
Os filmes que nunca vi
As canções que não cantei

Meus amigos,
O importante é o sorriso
Para seguir viagem
Com a coragem, que é preciso

Não adianta,
Deitar contas a vida
A ternura dos quarenta
Não tem conta, nem medida

La, la, la...

9 de novembro de 2009

Dedicação da Basílica de São João de Latrão

(9 de Novembro) Dedicação da Basílica de São João de Latrão (Festa)

Conforme prometido na entrada (post) de 5 de Agosto (Dedicação da Basílica de Santa Maria Maior), aqui deixo a fotografia da Porta Santa da Basílica de San Giovanni Laterano (com muita gente à frente!!!!):E o texto alusivo da Liturgia das Horas: "Segundo uma tradição que remonta ao século XII, celebra-se neste dia o aniversário da dedicação da basílica de Latrão, construída pelo imperador Constantino. Inicialmente foi uma festa exclusivamente da cidade de Roma; mais tarde, estendeu-se à Igreja de rito romano, com o fim de honrar a basílica que é chamada «a igreja-mãe de todas as igrejas da Urbe e do Orbe» e como sinal de amor e unidade para com a Cátedra de Pedro que, como escreveu S. Inácio de Antioquia, «preside à assembleia universal da caridade».

6 de novembro de 2009

São Nuno de Santa Maria (6 de Novembro) - ser e esperar... (Boletim VII)

A sétima contribuição para o boletim informativo da Paróquia de Nossa Senhora de Belém (Rio de Mouro), a newsletter n.º 79 relativa ao XXXII Domingo do Tempo Comum.

São Nuno de Santa Maria (6 de Novembro)\ ser e esperar...
Recentemente tive a alegria de peregrinar por terras de São Nuno de Santa Maria (1360-1431), terminando no Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, o Solar da Padroeira. Presume-se por tradição que a imagem de Nossa Senhora terá sido oferecida por D. Nuno Álvares Pereira, que em finais do século XIV fez consagrar a igreja, reformada em 1569, a Nossa Senhora da Conceição, sendo o primeiro templo desta devoção em toda a Península Ibérica, antecedendo assim em quase 500 anos a definição dogmática de 1854 sobre a Imaculada.
Herói e santo, terminada a campanha militar, recolheu-se deliberadamente ao mosteiro do Carmo em Lisboa, que a expensas suas havia edificado, passando os últimos anos da sua vida em oração, e no exercício da caridade para com os pobres, não sendo de admirar que o povo passasse a tratá-lo por Santo Condestável, duas palavras, à partida, antagónicas!
Santo António, o outro grande santo de Lisboa, morreu em Pádua em 1231 com 36 anos e, num dos processos mais rápidos de sempre, foi canonizado no ano seguinte; São Nuno, falecido em 1431, viria a ser beatificado quase 5 séculos depois, em 23 de Janeiro de 1918, e canonizado “apenas” em 26 de Abril de 2009.
Ser santo é o caminho que os filhos de Deus devem percorrer, viver a vida de Cristo, tão somente seguir o Evangelho de São Mateus que escutámos na Solenidade de Todos os Santos, as Bem-Aventuranças são o único caminho possível e não há desvios.

Uma oração litúrgica a São Nuno de Santa Maria: «Ó Deus que concedeste ao Bem-Aventurado Nuno combater o bom combate e o tornaste exímio desprezador de si mesmo e do mundo, concedei-nos a nós, vossos servos, que, depois de vencermos as cobiças da terra, vamos gozar perpetuamente a pátria do céu e, por sua intercessão, alcançar a graça que vos pedimos. Por Nosso Senhor Jesus Cristo, vosso Filho, que é Deus convosco na unida do Espírito Santo. Ámen.»

Continuando com as palavras de David Vieira, retiradas da revista “a folha dos valentes” n.º 352, de Junho de 2006, propriedade da Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos), fazendo parte do artigo “Cinco defeitos de Jesus”:
1.º – Jesus não tinha boa memória.
Se tivesse boa memória, não teria esquecido a vida dissoluta de Maria Madalena, nem acolhido a mulher adúltera, nem prometido o Paraíso ao ladrão no alto da cruz, nem aparecido a Pedro, depois de este O ter negado três vezes. Jesus não tem boa memória como nós. Não só perdoa a todos, como se esquece depressa do passado.

2.º – Jesus não percebia nada de matemática.
(a “explicação”, se Deus quiser, apresentá-la-ei na próxima crónica)