Por vezes o tempo não abunda, embora quando o tenho, normalmente, até acabe por desperdiçá-lo! Vem isto a propósito de um texto que escrevi, um bocado a correr e a pedido da Ausenda, uma das empenhadas colegas da formação de animadores do Departamento da Juventude do Patriarcado de Lisboa, para servir de testemunho, e em princípio para transmitir ou escrever aos formadores, no encontro de Julho de 2009, o último dos 9 encontros que tivemos ao longo de 3 anos. Como o tempo da Quaresma é propício a retiros, e sendo este um dos temas do meu testemunho, optei por 8 meses depois me socorrer dele. Apesar de o texto conter algumas referências pessoais, que é algo a que um suposto cronista tem alguma dificuldade de não recorrer, embora neste caso até mencione outras pessoas, aqui o deixo:
O que foi/é para mim a Formação de Animadores?
O que foi/é para mim a Formação de Animadores?
Desde logo foi ter dito SIM, quando tantas vezes procuro encontrar os talvez, porque, mas, e se... ainda para mais sendo algo que Deus me colocou no caminho sem eu pedir ou estar à espera (as maiores experiências nascem muitas vezes de surpresas; e Deus tem uma capacidade incomensurável de nos surpreender).
Apesar dos formadores talvez não gostarem do que vou dizer, as formações para mim foram autênticos dias de retiro, talvez porque não tenha tido oportunidade de os fazer/viver na altura oportuna. Além disso tive(mos) a sorte de começar pela Casa de Retiros do Bom Pastor, na qual a capela é no “meio” dos quartos, ou seja, é possível adormecer, literalmente, junto a Ele. Acontece um bocado isto no (pré-)Seminário de Nossa Senhora da Graça, embora, se não formos silenciosos, possamos acordar meio seminário!!!
É sentir que cresci, como cristão e, sobretudo, algo que lhe está intimamente ligado, como pessoa. E se calhar ser o animador que menos aplicou as técnicas que nos procuraram transmitir, como “bom” preguiçoso que sou, mas esperar que a semente cá tenha ficado e/ou ajudar a florescer alguém, embora para isso conte também com a preciosa ajuda do Espírito Santo.
É ter-me aproximado da Liturgia das Horas e, talvez, ter começado a compreender o seu “sentido”, dado que só se pode amar o que se conhece… “Se me envolve a noite escura e caminho sobre abismos de amargura, nada temo…”
É ter presenciado um brilho permanente nos olhos do Padre Filipe, e vou lembrar-me sempre da Reconciliação que me “conduziu” à Confirmação, e os exemplos de vida dos animadores: a serenidade e sabedoria da Mena (para mais, sendo a história dos assuntos que mais gosto), a alegria e voz da Rosarinho (não a consigo imaginar, muito séria, no Tribunal, sorry!!!), a alegria e, sobretudo o exemplo de família cristã que o Manel, a Ana e o Manelito nos proporcionaram, e sentir uma certa tristeza pelo Manel Coelho não ter podido nos acompanhar até ao fim. É sentir alguma tristeza por nem todos os que partiram terem chegado ao fim, mas confiar que ainda nos encontraremos nos caminhos desta vida, e agradecer todas as pessoas que Deus nos colocou no caminho, como um irmão italiano que tivemos por companhia no primeiro ou segundo encontro, desde o Padre Carlos Gonçalves (no primeiro encontro), os Padres e seminaristas de Penafirme, a Dona Aldemira (de quem só conheço a voz e por e-mails), as duas “visitas” que tivemos do outro grupo, quer a Cristina quer a Elisa (espero não me esquecer de ninguém).
Termino com as palavras que alguém escreveu no 3.º encontro do 1.º ano, no verso de uma cartolina que tem a seguinte frase “Jesus, fitando nele o olhar, sentiu afeição por ele.” Mc 10, 21:
“Na minha vida, sinto-me fitada por Jesus. E sinto necessidade de corresponder a esse olhar. Na minha oração pessoal, na minha vivência, na Eucaristia busco a forma melhor de corresponder a esse olhar. Sinto-me interpelada a mostrar também esse olhar a outros.”
Está tudo, embora, bem vistas as coisas, isto é algo que nunca poderemos ou conseguiremos dizer ou fazer. Acabei por “transformar” um texto que me fez estar acordado até bastante tarde, e que acabou por ter estado adormecido tanto tempo, num pequeno testemunho público, se fiz bem...
Para terminar, deixo mais duas “Sugestões para participar melhor na Missa”, retiradas de um artigo (S.D.L.) do jornal paroquial “Ecos” (n.º 147 de 16 de Maio de 2004):
10) Se não és surdo, não precisas de acompanhar a missa pelo missal (o missal popular é muito útil para preparares, em casa, a tua participação): a palavra que ouves é uma Palavra viva, transmitida pelo ministério do leitor.
11) Leva já preparada a tua oferta escusando deteres quem recolhe as ofertas ou dares espectáculo, rebuscando os bolsos, procurando a carteira ou fazendo trocos: a tua oferta faz parte da tua participação, se foi preparada, tornar-se-á mais consciente.
Apesar dos formadores talvez não gostarem do que vou dizer, as formações para mim foram autênticos dias de retiro, talvez porque não tenha tido oportunidade de os fazer/viver na altura oportuna. Além disso tive(mos) a sorte de começar pela Casa de Retiros do Bom Pastor, na qual a capela é no “meio” dos quartos, ou seja, é possível adormecer, literalmente, junto a Ele. Acontece um bocado isto no (pré-)Seminário de Nossa Senhora da Graça, embora, se não formos silenciosos, possamos acordar meio seminário!!!
É sentir que cresci, como cristão e, sobretudo, algo que lhe está intimamente ligado, como pessoa. E se calhar ser o animador que menos aplicou as técnicas que nos procuraram transmitir, como “bom” preguiçoso que sou, mas esperar que a semente cá tenha ficado e/ou ajudar a florescer alguém, embora para isso conte também com a preciosa ajuda do Espírito Santo.
É ter-me aproximado da Liturgia das Horas e, talvez, ter começado a compreender o seu “sentido”, dado que só se pode amar o que se conhece… “Se me envolve a noite escura e caminho sobre abismos de amargura, nada temo…”
É ter presenciado um brilho permanente nos olhos do Padre Filipe, e vou lembrar-me sempre da Reconciliação que me “conduziu” à Confirmação, e os exemplos de vida dos animadores: a serenidade e sabedoria da Mena (para mais, sendo a história dos assuntos que mais gosto), a alegria e voz da Rosarinho (não a consigo imaginar, muito séria, no Tribunal, sorry!!!), a alegria e, sobretudo o exemplo de família cristã que o Manel, a Ana e o Manelito nos proporcionaram, e sentir uma certa tristeza pelo Manel Coelho não ter podido nos acompanhar até ao fim. É sentir alguma tristeza por nem todos os que partiram terem chegado ao fim, mas confiar que ainda nos encontraremos nos caminhos desta vida, e agradecer todas as pessoas que Deus nos colocou no caminho, como um irmão italiano que tivemos por companhia no primeiro ou segundo encontro, desde o Padre Carlos Gonçalves (no primeiro encontro), os Padres e seminaristas de Penafirme, a Dona Aldemira (de quem só conheço a voz e por e-mails), as duas “visitas” que tivemos do outro grupo, quer a Cristina quer a Elisa (espero não me esquecer de ninguém).
Termino com as palavras que alguém escreveu no 3.º encontro do 1.º ano, no verso de uma cartolina que tem a seguinte frase “Jesus, fitando nele o olhar, sentiu afeição por ele.” Mc 10, 21:
“Na minha vida, sinto-me fitada por Jesus. E sinto necessidade de corresponder a esse olhar. Na minha oração pessoal, na minha vivência, na Eucaristia busco a forma melhor de corresponder a esse olhar. Sinto-me interpelada a mostrar também esse olhar a outros.”
Está tudo, embora, bem vistas as coisas, isto é algo que nunca poderemos ou conseguiremos dizer ou fazer. Acabei por “transformar” um texto que me fez estar acordado até bastante tarde, e que acabou por ter estado adormecido tanto tempo, num pequeno testemunho público, se fiz bem...
Para terminar, deixo mais duas “Sugestões para participar melhor na Missa”, retiradas de um artigo (S.D.L.) do jornal paroquial “Ecos” (n.º 147 de 16 de Maio de 2004):
10) Se não és surdo, não precisas de acompanhar a missa pelo missal (o missal popular é muito útil para preparares, em casa, a tua participação): a palavra que ouves é uma Palavra viva, transmitida pelo ministério do leitor.
11) Leva já preparada a tua oferta escusando deteres quem recolhe as ofertas ou dares espectáculo, rebuscando os bolsos, procurando a carteira ou fazendo trocos: a tua oferta faz parte da tua participação, se foi preparada, tornar-se-á mais consciente.
Sem comentários:
Enviar um comentário