25 de julho de 2014

O Profeta Ferido, um retrato de Henri J. M. Nouwen (Michel Ford)

"O profeta ferido, um retrato de Henri J. M. Nouwen" de Michel Ford (Paulinas, 2005), que já li há algum tempo, acaba por ser um retrato atormentado da vida deste sacerdote católico holandês (1932-1996), que, confesso, desconhecia, embora em nada tenha diminuído o meu gosto pelos seus livros! E já foram vários, com destaque para "O regresso do filho pródigo, meditações perante um quadro de Rembrandt" (Editorial Apostolado da Oração, 2007), passando pelo "Não nos ardia o coração? Uma meditação sobre a vida Eucarística" (Paulinas, 2005), que aliás dá o nome a este blogue, ou pelo "Esvaziamento de Cristo, movimento descendente e vida espiritual" (Paulinas, 2008).

"Em van Gogh, portanto, Nouwen conseguiu abraçar parte do seu próprio mistério e também do mistério divino. Ambos os artistas gostavam de girassóis - imagens fortes e radiantes de alegria e esperança, após as suas experiências pessoais de dor e desespero."
"Contudo, em certas ocasiões, depois de ter deleitado pessoas aos milhares, o querido mentor espiritual regressava sozinho ao seu quarto de hotel, transformando-se no palhaço triste."
"Ir para L'Archer (Trosly em França e depois Daybreak, perto de Toronto) viver com pessoas muito vulneráveis tinha-me feito baixar muito as minhas defesas interiores e abrir mais plenamente o meus coração aos outros."
"A Arche fora um dom para Henri, mas Henri fora um dom extraordinário de Jesus para a Arche, o dom de um sacerdote, o dom de um amigo de coração compassivo.
Henri anunciou uma coisa muito importante: que a unidade das nossas Igrejas brotará dos pobres... Ele aceitava a dor, optava por caminhar através da dor, pois é esse o caminho de todos nós. Escolher a cruz, caminhar através da cruz, pois nunca descobriremos a ressurreição, a menos que caminhemos através da cruz, a menos que, algures, nos deixemos despojar."
 

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