Ou Memórias da Cidade, mas afinal estão na moda os estrangeirismos! Uma exposição em que as explicações nos chegam através dos auscultadores, pelo que é sobretudo ouvir e ver, não tendo quase nada para ler! O percurso faz-se em cerca de uma hora, sendo especialmente vocacionado para turistas (até pelo preço), destacando-se o filme de cerca de 9 minutos que procura recriar o terramoto de 1 de Novembro de 1755. Termina com a "Lisboa Virtual", pelo que através de computador podemos ler sobre alguns momentos históricos vividos na capital, sendo que, como não estava mais ninguém na altura, repeti várias vezes a evocação do 25 de Abril, com a fotografia do Capitão Salgueiro Maio e... o Grândola, vila morena!
A mostra tem outro atractivo, afinal passei muitas vezes pelo átrio do Ministério das Finanças, pelo que foi giro perceber em que zona me encontrava (dado que agora estão "mascaradas"), onde se realizavam várias exposições, com destaque para a mostra anual dos premiados no Festival Internacional de Cartoons do Porto. O que me deixou a pensar no que uma guia da Fundação Mata do Buçaco referiu numa recente visita ao Buçaco (Bussaco para estrangeiros!), quanto ao facto do rei querer fazer do seu palácio de caça um palácio do povo... afinal hoje temos um Palace Hotel do Bussaco (5 estrelas), felizmente que ainda se consegue ver muita da sua riqueza do exterior (como os azulejos da varanda exterior ou as colunas serem todas diferentes), mas isto não tem nada a ver com Lisboa... ou se calhar tem, em especial se tivermos em conta as condições periclitantes, sobretudo após os últimos temporais, em que se encontra o Convento de Santa Cruz do Buçaco!