25 de outubro de 2009

Dedicação da Sé Patriarcal de Lisboa (Solenidade)

(25 de Outubro) Dedicação da Sé Patriarcal de Lisboa (Solenidade na Diocese de Lisboa)
Acaba por ser um bocadinho uma "repetição" do comentário (post) anterior, mas é muito bom poder ter a graça de fazer celebração, nem só o Cardeal, os Bispos, presbíteros e diáconos o fizeram, numa Igreja Católica com quase 900 anos de história e cheia de pedras vivas, tanto as de hoje como as nossas precedentes. Vi pela primeira vez um painel/colcha com o brasão do Cardeal-Patriarca por cima da entrada da nossa Sé e reparei, com ajuda da noite/hora e da iluminação interior, que a roseta(?) de vitral por cima da entrada da Catedral tem os 12 Apóstolos que irradiam do Cristo central, muito belo!
Se não me tenho esquecido dele (!!!), acabaria com o refrão de uma das canções com que o poderoso e cativante coro (com inúmeros seminaristas) hoje nos presenteou, mas como não me recordo, fica uma "aproximação" (e que belo Templo; amanhã, se Deus quiser, conto poder desfrutar, dessa vez em companhia apenas de alguns turistas, durante uma parte da minha hora de almoço, desta nossa belíssima Casa):
Nós somos as pedras vivas do Templo do Senhor...

23 de outubro de 2009

Igreja Catedral de Santa Maria Maior de Lisboa (Boletim VI)

A sexta contribuição para o boletim informativo da Paróquia de Nossa Senhora de Belém (Rio de Mouro), a newsletter n.º 77 relativa ao XXX Domingo do Tempo Comum.

Os Domingos são tão importantes para um católico, pois são dias de Páscoa (semanal), que nem celebramos as memórias que coincidam com eles. Apesar disso, não ficará mal lembrar os santos ou as situações que liturgicamente celebraríamos nesses dias.
A nossa Igreja é a Sé de Lisboa, a Igreja Catedral de Santa Maria Maior de Lisboa. As Igrejas da Paróquia de Nossa Senhora de Belém e as restantes das paróquias da Diocese de Lisboa mais não são que “extensões” dela, pois é lá que se senta o nosso Cardeal-Patriarca e é lá que estamos em comunhão com Ele e com toda a Igreja diocesana, embora fisicamente, pelo menos todos ao mesmo tempo, até nem seja possível lá celebrá-lo!
No dia 25 de Outubro (Domingo) a Diocese de Lisboa celebra o Aniversário da Dedicação da Igreja Catedral de Lisboa, por isso, sugiro a leitura da Carta do Cardeal-Patriarca de Lisboa aos Sacerdotes e às comunidades cristãs do Patriarcado de Lisboa, acerca da Solenidade da Dedicação da Sé Patriarcal de Lisboa:
http://www.patriarcado-lisboa.pt/agenda/Carta_Dedicacao_da_Se2009.pdf

Um pequeno apontamento formativo, que retive do Bispo-auxiliar afecto à nossa Vigararia, atendendo a que o Dom Carlos Azevedo escreve semanalmente à 6.ª-feira no jornal “Correio da Manhã” um artigo de opinião a que chamou “O alicerce das coisas”. Da edição de 3 de Julho de 2009 (Rota das Catedrais): “Cresce a esperança para as igrejas catedrais ou sés, erradamente chamadas, por vezes, de sé catedral, porque junta duas palavras que significam a mesma coisa: cadeira, nas línguas latina e grega respectivamente.”

De um dos hinos vários das Laudes, atendendo a uma situação que viverei brevemente, prendeu-me esta estrofe:
Fazei-me andar sem parar,
Seja qual for o caminho.
Quero seguir-Vos, Senhor:
Os vossos braços me amparem.

Em Ano Sacerdotal, celebremos com alegria no dia 21 de Outubro o quadragésimo primeiro aniversário natalício do Padre Carlos Manuel Fernandes Gonçalves, que proximamente celebrará também o aniversário da sua ordenação sacerdotal (29 de Novembro de 1998)

Termino, com algumas palavras de David Vieira, da rubrica “nada de novo (pensar)”, retiradas da revista “a folha dos valentes” n.º 352 (ano XXX), de Junho de 2006, propriedade da Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos), que fazem parte de um artigo intitulado “Cinco defeitos de Jesus”:
Ao ler um testemunho do bispo vietnamita Nguen van Thuan, imaginei uma lista dos cinco defeitos de Jesus, segundo a nossa maneira limitada ou simplesmente humana de pensar.

1.º – Jesus não tinha boa memória.
(a “explicação”, se Deus quiser, apresentá-la-ei na próxima crónica)

19 de outubro de 2009

Ao encontro de N.ª Sr.ª da Conceição (Vila Viçosa)

Um óptimo fim-de-semana, a caminhar de Vaiamonte (concelho de Monforte) para o Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa, proporcionado pela Joaquina, o Sr. Abílio, o Padre Jorge Anselmo e a malta de São Brás e "arredores", como o pessoal de Vaiamonte.
O caminho faz caminhando... ao encontro do outro, mas também à procura de nos encontrarmos, sendo uma enorme alegria saber que nos esperava a nossa Mãe de Céu!

Os primeiros passos, em Vaiamonte, a caminho de Monforte:Primeira paragem, o grupo junto à Igreja de Monforte:Depois do almoço, à sombra de um "velho" chaparro nos Prazeres:O descanso dos "guerreiros", em Santo Aleixo:

A Beleza incomensurável da Criação, uma bela alvorada a caminho da Orada:Andar, andar, andar ao encontro...Quase, quase, quase a chegar ao almoço em Borba:A Alegria de chegar (apesar da pena de ter terminado), os últimos passos a caminho do Santuário de Nossa Senhora da Conceição de Vila Viçosa (também conhecido por Solar da Padroeira). É bom pensar que os nossos passos se dirigem para o Céu, já só faltava o regresso e o mais importante... a Eucaristia junto ao coração da nossa Mãe do Céu:Tinha 12 anos quando o Papa João Paulo II, na sua primeira visita a Portugal, em 14 de Maio de 1982, aqui peregrinou:

16 de outubro de 2009

Doutrina (Boletim V)

A quinta contribuição para o boletim informativo da Paróquia de Nossa Senhora de Belém (Rio de Mouro), a newsletter n.º 76 relativa ao XXIX Domingo do Tempo Comum.

Este termo até pode ter passado de moda, mas penso que um catequista nunca deverá afastar-se dele. Os menos jovens certamente recordarão que era assim que se chamava a catequese. Ainda há não muito tempo, estava à porta da nossa Igreja, quando uma avó, de origem campestre, com o seu neto pela mão, me perguntou: “Onde é a Doutrina?” A estranheza inicial conduziu-me a uma enorme lição... por mais animadas e cativantes que sejam as nossas catequeses, a nossa Missão é evangelizar as crianças e jovens que nos são confiados, pelo que, com Jesus ao lado, só podemos esforçarmo-nos por conhecer cada vez melhor a Doutrina da Igreja e transmiti-la com alegria.
Os ingleses têm uma expressão que acho particularmente feliz, a “Sunday school”. Em Maio passado pude testemunhar com alegria e admiração em São Tomé a vivência de uma escola dominical, uma verdadeira escola para instrução religiosa ou do catecismo.
Mais um ano de catequese que se iniciou. No meu caso, uma mistura de tristeza por deixar de acompanhar o caminhar do “meu” grupo dos últimos dois anos, bem como a Alice, com quem colaborei nos últimos três anos. Mas Deus surpreende-nos continuamente, e no sábado passado com a Fátima Silveira lá conhecemos novos amigos.
Uma das missões do catequista é procurar cativar outros paroquianos para este nobre serviço o que, no meu caso, até nem tenha feito como poderia. Sem descurar a importância de que se reveste cada uma das sessões de catequese em que participamos, ou o exemplo que na Igreja ou no mundo transmitimos aos catequizandos, gostava de destacar dois momentos do ano catequético. Curiosamente não participarei nos mais recentes, mas gosto particularmente da Eucaristia de Compromisso dos Catequistas (Dá-nos a luz e a graça do Teu Espírito para o fazermos bem) e do passeio de final de ano de todos os catequistas.
Muitas temas ainda para abordar, como o recente aniversário natalício do Padre Vitorino Sawandi no dia 9 de Outubro (o quadragésimo segundo), o Beato João XXIII (11 de Outubro, este ano Domingo), Nossa Senhora de Aparecida (12 de Outubro), Nossa Senhora de Fátima (13 de Outubro), Santa Teresa de Jesus, a doutora da Igreja de Ávila (15 de Outubro), Santa Margarida Maria Alacoque (16 de Outubro), e a devoção ao Sagrado Coração de Jesus, ou ainda São Lucas (18 de Outubro, também Domingo), mas a ele voltarei, pois estamos quase à porta do início de um Ano Litúrgico C.

Mas quero terminar com algumas palavras da Exortação Apostólica “Evangelii Nuntiandi” (O Anúncio do Evangelho) de S. S. o Papa Paulo VI (datada de 8 de Dezembro de 1975, Ano Santo ou de Jubileu). O seu capítulo IV intitula-se “As Vias da Evangelização” e comporta os seguintes pontos: a busca de meios adaptados; o testemunho da vida; uma pregação viva; Liturgia da Palavra, a catequese; utilização dos «mass media»; indispensável contacto pessoal; o papel dos Sacramentos e religiosidade popular.
Assim, deixo o seu ponto 44 “A catequese”: “Uma via que não há-de ser descurada na evangelização é a do ensino catequético. A inteligência, nomeadamente a inteligência das crianças e a dos adolescentes, tem necessidade de aprender, mediante um sistemático ensino religioso, os dados fundamentais, o conteúdo vivo da verdade que Deus nos quis transmitir, e que a Igreja procurou exprimir de maneira cada vez mais rica, no decurso da sua história. Depois, que um semelhante ensino deva ser ministrado para educar hábitos de vida religiosa e não para permanecer apenas intelectual, ninguém o negará. É fora de dúvida que o esforço de evangelização poderá tirar um grande proveito deste meio do ensino catequético, feito na igreja, ou nas escolas onde isso é possível, e sempre nos lares cristãos; isso, porém, se os catequistas dispuserem de textos apropriados e actualizados com prudência e com competência, sob a autoridade dos Bispos. Os métodos, obviamente, hão-de ser adaptados à idade, à cultura e à capacidade das pessoas, procurando sempre fazer com que elas retenham na memória, na inteligência e no coração, aquelas verdades essenciais que deverão depois impregnar toda a sua vida. Importa sobretudo preparar bons catequistas – catequistas paroquiais, mestres e pais – que se mostrem cuidadosos em se aperfeiçoar constantemente nesta arte superior, indispensável e exigente do ensino religioso. Além disso, sem minimamente negligenciar, seja em que aspecto for, a formação religiosa das crianças, verifica-se que as condições do mundo actual tornam cada vez mais urgente o ensino catequético, sob a forma de um catecumenato, para numerosos jovens e adultos que, tocados pela graça, descobrem pouco a pouco o rosto de Cristo e experimentam a necessidade de a Ele se entregar.”

15 de outubro de 2009

Patch Adams

Mais um bom filme, em excelente companhia, e desta vez com pipocas e tudo, embora as pipocas da família de São João de Deus (e da Juventude Hospitaleira) não chateiem mesmo nada e até sejam agradáveis (e, como não éramos muitos, até deu para trazer para casa!!!).
O "Patch Adams" é a história, baseada num caso real, de um estudante (médico) que ama os seus doentes, ou seja, que ama as pessoas e a vida. Este "remendão" (patch) até "nasceu" num momento de fragilidade em que ele descobre que afinal também pode ajudar os outros, pelo que, apesar de todas as dificuldades de um ensino meramente técnico, pelo menos para quem saísse da norma, consegue formar-se e ajudar muitas daquelas pessoas que não têm possibilidade de ter um seguro de saúde (eu já vi isto em algum lado!?!?!).
Não adianta contar o filme, mas senti que o Patch Adams foi/é uma mistura dos meus amigos doutores palhaço da Operação Nariz Vermelho (um pioneiro no início da década de 70) com o Dr. Fernando Nobre (AMI), dado que referiu que a maior doença do homem é... a indiferença!
JHorge (hoje acho que posso usar este anagrama, com que carinhosamente uma irmã contabilista, as surpresas vêm de onde menos se esperam, me baptizou!)

Para terminar, junto o e-mail que me permitiu conhecer a Residência S. João de Ávila (Rua S. Tomás Aquino, 20) dos Irmãos de S. João de Deus:
Bem sabemos que a vida agitada faz com que o mundo nos fuja pelos dedos e não nos deixe enaltecer a verdadeira essência da vida. Pois bem, a Juventude Hospitaleira (JH), mais uma vez, chega até ti com uma proposta aliciante: as noites de acção e diversão na Sede JH.
- Dia 14 de Outubro, pelas 20h30m, na Sede da JH, noite de cinema, com o filme PATCH ADAMS

Sinopse: PATCH ADAMS - O AMOR É CONTAGIOSO
O filme é baseado numa história verídica e retrata o estudante Hunter Adams (Robin Williams) que após tentar o suicídio, voluntariamente, se interna num sanatório. Ao ajudar outras pessoas internadas, descobre que deseja ser médico para poder auxiliar quem mais precisa.
Deste modo, sai da instituição e entra na faculdade de medicina. Os seus métodos poucos convencionais causam, inicialmente, espanto, mas aos poucos vai conquistando todos, com excepção do reitor que quer arranjar um motivo para expulsá-lo.
Os seus métodos não são mais do que usar amor e carinho como armas para ajudar as pessoas hospitalizadas, despertando desconfiança e ciúme dentro da própria classe médica. O filme mostra que nem só a ciência pode salvar vidas, mas também o amor e a atenção!
Texto adaptado de Ricardo M. Freire

Marca a tua presença, traz um amigo.
Vem sentir a hospitalidade numa noite de Outono, onde a magia se mistura com o sabor das pipocas!
Post scriptum: existirão mais actividades "abertas", como possivelmente uma conversa/tertúlia com a Laurinda Alves em Novembro.

13 de outubro de 2009

Pedro!!!

Ti Jó!!!

6 de outubro de 2009

Amália

Adoro Fado, adoro a Amália.
(6 de Outubro de 1999... 10 anos de Saudade!)

Poderia escolher um dos inúmeros fados tristes, daqueles de fazer chorar as pedras da calçada. Mas curiosamente, um dos meus fados favoritos é um fado alegre. Assim, aqui deixo a letra de "Madrugada de Alfama", um fado com letra de David Mourão Ferreira e música de Alain Oulman:

Mora num beco de Alfama
E chamam-lhe a Madrugada
Mas ela de tão estouvada
Nem sabe como se chama.

Mora numa água-furtada
Que é a mais alta de Alfama
E que o sol primeiro inflama
Quando acorda a madrugada.
Mora numa água-furtada
Que é a mais alta de Alfama.

Nem mesmo na Madragoa
Ninguém compete com ela
Que do alto da janela
Tão cedo beija Lisboa.

E a sua colcha amarela
Faz inveja à Madragoa:
Madragoa não perdoa
Que madruguem mais do que ela.
E a sua colcha amarela
Faz inveja à Madragoa.

Mora num beco de Alfama
E chamam-lhe a Madrugada
São mastros de luz doirada
Os ferros de sua cama.

E a sua colcha amarela
A brilhar sobre Lisboa
É como a estátua de proa
Que anuncia a caravela
A sua colcha amarela
A brilhar sobre Lisboa.

E um pequeno apontamento do livro "Viagens na Minha Era (Dia-crónicas)" de Onésimo Teotónio Almeida (Círculo de Leitores), com um conjunto de crónicas para a revista LER deste açoriano, professor universitário no Departamento de Estudos Portugueses da Brown University (EUA):
Amália no Olimpo

Enquanto revejo estas dia-crónicas antes de as remeter para Lisboa, chega um e-mail do Francisco Craveiro, de Coimbra, a dizer-me que morreu a Amália. Ontem foi feriado ― 5 de Outubro ― e hoje o país, imagino, fará outro.
Sobre ela os media dirão tudo, e nada que valha a pena terei a acrescentar. Graças à tecnologia, poderei continuar a tê-la presente, entre o fado de Coimbra, os coros alentejanos e o folclore dos Açores, todos companheiros meus de auto-estrada. Fica apenas esta história que imagino esteja porventura registada nalguma entrevista, mas que desconhecia até a ouvir da boca da própria Amália.
Numa das suas passagens pela Nova Inglaterra pedi-lhe que fosse ao meu "Daqui e da Gente", um programa sociocultural que há vinte anos mantenho na TV-cabo de New Bedford. A dada altura conduzi a conversa para a sua experiência americana, pois sabia que no início da sua carreira um empresário quisera lançá-la nos Estados Unidos e ela chegara a Nova Iorque com essa ideia. Mas gorou-se em pouco tempo a tentativa:
― Apercebi-me de que queriam profissionalizar-me à americana, com um rol de ensaios, circuitos de promoção muito intensos, viagens... Deu-me saudades das sardinhas de Lisboa e fui-me embora.

2 de outubro de 2009

Santos Anjos da Guarda

( 2 de Outubro) Santos Anjos da Guarda (memória obrigatória)
"Eis que Eu envio um anjo diante de ti, para te guardar no caminho e para te fazer entrar no lugar que Eu preparei. " Êxodo 23, 20
"É que Ele deu ordens aos seus anjos,
para que te guardem em todos os teus caminhos." Salmo 90, 11
"Livrai-vos de desprezar um só destes pequeninos, pois digo-vos que seus anjos, no Céu, vêem constantemente a face de meu Pai que está no Céu." Mateus 18, 10
Apesar de todas as imagens e pinturas que já vimos, não sabemos como são os Anjos, mas temos as palavras de Jesus Cristo e, por isso, sabemos que os Anjos existem, que são manifestações do Amor de Deus, olhares do Pai.
O belo Hino das Laudes de hoje:

Solícitos e puros,
Os Anjos são fiéis
Mensageiros de Deus
E da sua Palavra.

Força de Deus, Remédio
Nas fraquezas da vida,
Guias e companheiros
Desta humana jornada.
Guardam os nossos passos
E triunfam do mal,
Levando as orações
À divina presença.

No combate do mundo,
Guardai-nos hoje e sempre,
Anjos da nossa guarda,
Invisíveis e fortes.

Mas uma bela Oração, por estranho que à primeira vista (ouvido) possa parecer, é a canção "Anjinho da Guarda", com letra e música de ANTÓNIO VARIAÇÕES (António Rodrigues Ribeiro), do LP/CD “anjo da guarda” (1983):

Eu tenho um anjo
Anjo da guarda
Que me protege de noite e de dia
Eu não o vejo
Eu não o oiço
Mas sinto sempre a sua companhia

Eu tenho um guarda
Que é um anjo
Que me protege de noite e de dia
A toda a hora
E em todo o lado
Posso contar com a sua vigia

Não usa arma
Não usa a força
Usa uma luz
Com que ilumina a minha vida

Ele não
Não usa arma
Ele não
Não usa a força
Usa uma luz com que ilumina
A minha vida

Bazar, Teresinha e Padre Cruz (Boletim IV)

A quarta contribuição para o boletim informativo da Paróquia de Nossa Senhora de Belém (Rio de Mouro), a newsletter n.º 74 relativa ao XXVII Domingo do Tempo Comum.

Hoje venho falar do Bazar Paroquial, que reabriu no fim-de-semana passado ou, talvez seja mais correcto dizer-se, na véspera do Domingo passado! O nosso bazar estará aberto aos sábados à tarde (das 14 às 20 horas) e nos Domingos de manhã (das 9 às 13 horas).
Entre outras novidades, tem a terceira Carta Encíclica de S. S. Bento XVI “Caritas in Veritate” (A Caridade na Verdade), DVD’s para os cursos de preparação para o Matrimónio e o Baptismo, calendários litúrgicos, agendas para catequistas e livros sobre o Ano Sacerdotal.
Se me é permitido, recomendo a Carta Apostólica de João Paulo II “Dies Domini” (O Domingo do Senhor, apesar de a terem intitulado “O Domingo dá novo sabor à vida”) e, da Congregação para o Clero, embora até ainda não o tenha lido, o “Directório Geral da Catequese”.
Eu tenho um “problema” grave com os livros que é... comprá-los!!! Ainda na sexta-feira resolvi entrar na livraria da Paulus Editora apenas para espairecer e, estando alguns em promoção a 2 euros, voltei com mais 11 livros!!! Um dos princípios basilares da Doutrina Social da Igreja é o da Subsidiariedade. Neste caso concreto, a minha “subsidiariedade” expressa-se assim: mesmo que possa adquiri-los até algo mais barato nas grandes livrarias, prefiro fazê-lo na livraria da Paulus ou do Rei dos Livros (que ultimamente tem estado fechada); analogamente, passa-se o mesmo entre as livrarias religiosas e o nosso Bazar Paroquial. É o meu pequeno contributo por existirem, me darem sempre algum carinho nas compras que faço ou por me proporcionarem pequenas pérolas, que não encontro em mais lado nenhum, como os livros do Padre Coimbra.

Que me perdoem os Santos Arcanjos Miguel, Gabriel e Rafael, cuja Festa celebramos em 29 de Setembro, mas tenho uma profunda paixão por Santa Teresa do Menino Jesus e da Santa Face, Teresinha para os amigos, memória obrigatória em 1 de Outubro, mas a Ela voltarei noutra ocasião.

Apesar de estar “ainda” “apenas” a caminhos dos Altares, um pouco à semelhança do agora Santo, Nuno de Santa Maria, a quem, embora apenas beatificado em 1918, durante séculos o povo de Lisboa tratou por Santo Condestável, queria falar do “Santo” Padre Cruz, que durante 25 anos assistiu a doentes e presos.
Curiosamente, ou talvez não, pois a Providência de Deus tem sempre uma enorme capacidade de nos surpreender, o Padre Francisco Rodrigues da Cruz nasceu há 150 anos (29/07/1859) uma semana antes do falecimento do Santo Cura d’Ars.
Foi ordenado sacerdote em 1882, entrou na Companhia de Jesus em 1940, satisfazendo um ardente desejo que acalentara havia 60 anos, e faleceu em Lisboa em 1 de Outubro de 1948.
A minha amizade com Ele começou, numa altura que a minha presença na Igreja de Cristo era algo esporádica, com uma pequena pagela que a minha Mãe me ofereceu e que, desde aí, me tem acompanhado sempre na carteira e que, até por isso, já está bastante gasta.
Conselhos do Padre Cruz: “Confessar-se ao menos uma vez em cada mês; fazer uma confissão geral de toda a vida; rezar o terço a Nossa Senhora todos os dias, podendo ser em família; e quando doente, não receber a 3.ª visita do médico sem pedir os sacramentos.”
Reparo que tenho “apenas” tudo por cumprir! A pagela tem algumas passagens dos seus escritos mas, como mais uma vez o texto já vai longo, ficam para outra oportunidade. De qualquer forma deixo a página da Causa da Canonização do Padre Cruz http://www.padrecruz.org/ (foi a primeira vez a que acedi, mas só posso concluir que os irmãos Jesuítas trabalham muito bem).
Termino, e para um cristão a Oração nunca poderá estar a mais, com a Oração final da minha pagela:
Senhor Jesus Cristo, que dissestes: «Se não vos tornardes como pequeninos, não entrareis no Reino do Céu»; olhai para a humildade e simplicidade com que o Vosso servo Francisco procurou a glória divina e o bem temporal e sobrenatural dos humildes, e dignai-vos glorificar o Vosso discípulo fiel com a auréola da santidade, se isso for da Vossa maior glória. Vós que sois Deus como o Pai na unidade do Espírito Santo. Assim seja.

1 de outubro de 2009

Santa Teresinha

(1 de Outubro) Santa Teresa do Menino Jesus e da Santa Face (memória obrigatória)
Uma amiga muito especial, Teresinha para os amigos, que conheci apenas em Novembro de 2005 (ICNE) aquando da visita (das relíquias) à Igreja Catedral de Lisboa (a nossa Sé é a Igreja de Nossa Senhora Maior) e que pude rever em Budapeste na Eucaristia do Monte Géllert (21 de Setembro de 2007), também no decorrer do ICNE.Um local muito especial do quarto, com a Teresinha, o Pedro, o Duarte, o Papa João Paulo II (e uma folha da sua oliveira no Monte Nebo, na Jordânia, ups!!!!), a Fé, a Esperança e o Amor (Caridade), na visão de Anselm Grun e...
Quase sempre é esta a imagem que vejo nela, a Teresa menina, no verso deste postal está a frase "Eu não posso ter medo de um Deus que por mim se fez pequenino."
"Se soubesse como Deus é bom para comigo! Mas se Ele fosse um bocadinho menos bom, continuava a achá-l'O ainda bom..."
"Não é para o primeiro lugar, mas para o último que eu corro."
"Deus não tem necessidade das nossas obras, mas do nosso amor."
"O mérito não consiste em dar muito, mas em amar muito."
"Na noite desta vida, aparecerei diante de Vós com as mãos vazias."

Extremos (filme, prisão e Oração)

Primeiro um filme. Fui ver os "Sacanas sem lei", o meu primeiro Tarantino(!!!); e lá tive que gramar com a publicidade e... (o cheiro d)as pipocas!!!

Depois um grande texto do Bruno, sobre a experiência de uma visita à Prisão de Caxias, que só consegui ler completamente à saída da estação das Laranjeiras. Algumas ....... de ..... e um sms de agradecimento ao autor, por partilhar momentos tão intensos.
"Quando veio a homilia do Padre Colimão, foi aqui que recebi dos maiores ensinamentos até hoje... Ele falava carinhosamente para os reclusos, para nós... E de repente ele diz "Jesus também foi um recluso, olhem para aquele painel"..."
"E o Padre continuava e de repente diz "Deixo-vos aqui o quadro com a fotografia do Crucifixo de S. Francisco Xavier. E reparem como Jesus sorri, em como Ele pregado na cruz está a sorrir... Todos temos a nossa cruz, vocês têm a vossa cruz, nós lá fora temos a nossa cruz... Todos temos... mas se transportarmos a cruz a sorrir, será muito mais fácil"..."
"...e soubemos que afinal aquele que tinha ido ler, ia fazer a primeira comunhão, ia fazer a primeira comunhão na prisão..."
"Foi algo de único, aí percebi tudo, naquela Eucaristia os reclusos são livres, entregam-se a Deus, Deus é força daqueles que ali estavam... Eu pensei, "não me interessa porque aqui estão, são Filhos de Deus como eu, podem ter estado no momento errado à hora errada, são reclusos, Jesus também o foi, mas precisam de nós, não podem ser esquecidos... São filhos de Deus"..."
"Virei-me vi o rapaz que fez a primeira comunhão, estendi-lhe a mão e disse-lhe "força, nunca percas a fé..." E ele disse "obrigado por teres vindo", olhei e estavam a olhar para mim com um olhar de agradecimento, com um olhar difícil de explicar, fiz questão de de cumprimentar todos eles..."
"Foi a melhor Eucaristia da minha vida, a mais forte, aquele jovem a cantar não me sai do ouvido, o sorriso o rosto de cada um..."
"Só espero e rezo que aquele sorriso de Jesus na Cruz lhes dê forças... A eles e a mim... Todos nós transportamos a nossa cruz..."
"Não esquecerei..."

Depois a Oração com cânticos de Taizé, na Paróquia de São Tomás de Aquino, alguns extractos:
Salmo: "Defende-me, ó meu Deus, porque em ti me refugio. Digo ao Senhor tu és o meu Deus. És o meu bem e nada existe acima de ti."
Cântico do silêncio: "Cantarei ao Senhor, enquanto viver, louvarei o meu Deus enquanto existir, Nele encontro a minha alegria, nele encontro a minha alegria..."
Prece: Jesus esteve preso... por todos os reclusos e pelos que lhes estendem as mãos. Pelos que partiram, rezemos por eles, que já se libertaram da prisão terrestre, e para que nós consigamos libertar-nos de todas as prisões que nos oprimem!
Cântico de vigília à Cruz: "Freinden, freinden hinterlase ich euch. Mein frieden gebe ich euch. Euer Herz verzage nicht." (alemão; Deixo-te a minha paz, a minha eu te dou. Não se perturbe o teu coração)
Oração final: "Sopro de amor de Cristo, Espírito Santo, em cada, em cada um depositaste a fé, que é como impulso de confiança mil vezes recomeçado ao longo da vida, uma confiança simples, tão simples que todos a poderiam acolher" Irmão Roger, de Taizé.
Cântico de ressurreição: "Ó Cristo ressuscitado anima uma festa no mais íntimo do homem, ó Cristo ressuscitado anima uma festa no mais íntimo do homem..."
Cântico final: "Deixa agora o teu servo ir em paz ó Senhor, deixa agora o teu servo ir em paz..."