24 de junho de 2011

Nascimento de S. João Baptista

Como uma amiga me ensinou, pé-ante-pé, esta foi mais uma Deuscidência...

Aconteceu na Eucaristia da Solenidade do Nascimento de São João Baptista, por sinal hoje e por sinal não percebo porque é que ontem tivemos, e bem, a Igreja cheia e hoje nem por isso... o feriado não pode justificar tudo!?!

Convidaram-me para ler a Oração dos Fiéis, mas como me apercebi que uma senhora de um banco da frente estava para fazê-lo, acabei por ficar onde estava, é verdade, às vezes também faço coisas boas! Mas onde é que está a coincidência nisto, é que a senhora que foi ler entregou-me antes da Eucaristia começar a última publicação "Cavaleiro da Imaculada", que dobrei e coloquei no meio do livro da Liturgia da Horas. Ora depois de Oração resolvi espreitar o que uma frase que tivesse mais à vista me "quisesse" dizer e não é que, depois de endireitar o livro, uma vez que não dá mesmo jeito nenhum ler de lado, sou brindado com este parágrafo:

"Por vezes, na busca da verdade, vemos apenas um aspecto da mesma. Por isso, é importante escutar o que é que os outros dizem."

13 de junho de 2011

Sacerdotes, ateus e Doutores (diversos)

Reúno 3 livros, que já li há algum tempo.

Com direito a apresentação na Igreja do Santíssimo Sacramento, ao Carmo, com a presença do Pd Peter Shekelton e John Pontifex, o livro "Sacerdotes Heróicos, testemunhos de fé no séc. XXI" de John Pontifex e John Newton da Ajuda à Igreja que Sofre, narra as histórias de 12 homens, do nosso tempo, que serviram Deus e o Seu povo de forma extraordinária. Passando pela Ucrânia, Jamaica, Iraque, Sibéria, Turquia, Filipinas, Paquistão, China, Sudão, Índia, Montenegro ou o Amazonas.

Este "10 ateus que mudaram de autobus" de José Ramóns Ayllón, vem na esteira dos bons livros da Gráfica de Coimbra. Tenho quase a certeza que acabei, e começei, de o ler em Outubro, pelo que não tenho a certeza quais foram os ateus e agnósticos que mudaram de opinião para a sigularidade da existência de Deus que me marcaram mais, talvez o Fiódor Dostoievski. Mas deixo uma frase de Gilbert K. Chesterton: "A tremenda imagem que paira nas frases do evangelho levanta-se - nisto como em tudo - por cima de todos os sábio tidos como grandes."

O de leitura mais recente foi "Os Doutores da Igreja" de Jean Huscenot (da Paulus). Podia escolher qualquer um, desde os 3 de menor idade aquando da morte terrena: a Teresa de Lisieux (24 anos), a mais recente dos Doutores, a Catarina de Sena (33 anos), o/a única leiga consagrada, ou o António (36 anos). Ou então, o Jerónimo, o Agostinho, o "meu" Leão Magno, o Bernardo de Claraval, o Tomás de Aquino, a Teresa de Ávila ou o João da Cruz.Mas opto por uma frase de Francisco de Sales (1576-1622)... Dizei pouco e dizei bem: "Se disserdes maravilhas (coisas extraordinárias), mas não as disserdes bem, pouco direis; se disserdes pouco (coisas simples) e se as disserdes bem, será muito... É necessário que as vossas palavras sejam inflamadas, não com gritos e acções descontroladas, mas pela afeição interior. É preciso que saiam mais do coração do que da boca. É bem verdade que o coração fala ao coração e a boca só fala às orelhas (Carta a Mons. Frémyot, 1604).

Subito, Slip, Lady, Operai (vários)

Reúno 4 filmes, que já vi há algum tempo.

O mais recente foi o "Santo Subito!", sendo que o formato não me cativou... muito psicadélico para o meu gosto, de qualquer forma o João Paulo II é sempre para rever!

O "slip stream, a vida como um filme", mais um filme de banca de jornal, tinha o apelo de ser realizado e de contar com o Anthony Hopkins, e ter concorrido ao festival independente de Sundance, mas afinal, às vezes as palavras que colocam na contra-capa do DVD são mesmo publicidade... não percebi nada!!!!

O mesmo se passou com o "Operai, Contadini" ("Operários, Camponeses") de Jean Marie Straub e Danièle Huillte (2001), que vi na Cinemateca em 29/09/2010, o primeiro ou segundo que não apreciei quase nada!!!

Para terminar, o "Lady Chatterley" de Ken Russell, uma série para televisão de 1993, que me fez lembrar as saudosas séries da BBC, de que gostei, pois para além de ser baseado num romance de D. H. Lawrence, conta com uma luminosa Joely Richardson.

A Sétima Morada

A bela Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein) já passou por este blogue, sendo que não sendo (ainda) um conhecedor profundo da sua vida, continuo a preferir a biografia do pequeno livro "Vítimas do Nazismo" da Ajuda à Igreja que Sofre, que sendo de apenas 30 pequenas páginas, foram o suficiente para me prender!!!

Este filme de Márta Mészáros de 1995, um co-produção polaca, húngara, francesa e italiana (La Settima Stanza), apresenta uma visão algo perturbadora das aflições da Edith enquanto carmelita, pela representação da Maia Morgenstern, de que não estava à espera. Mas pode ser que o seu sofrimento seja símbolo da "Sétima Morada", onde de acordo com os escritos de Santa Teresa de Jesus (de Ávila), a alma pode alcançar a união final e mística com Deus.

As Irmãs de Maria Madalena

Alguns filmes que tenho comprado sem saber nada deles, apenas motivado pela capa, ou por algum factor apelativa, sobretudo os das coleções do "Público" (este foi de 1,95 euros), têm-me causado boa impressão e têm sido dos mais "saborosos", afinal a surpresa também é importante!No caso presente "prederam-me" as 3 protagonistas, pela ordem do lado esquerdo de "prato vazio": a Dorothy Duffy, a Anne-Marie Duff e a bela Nora-Jane Noone. Afinal da República da Irlanda não vêm apenas notícias de crise!!!

Além do mais, este filme de Peter Mullan tem um chamariz apelativo, pois ganhou o Leão de Ouro de 2002 (Festival de Veneza).
A história, para mais baseada em casos verídicos, é perturbante, pois mesmo a religiosidade, da sociedade e/ou individual, não podem nunca fundamentar tais actos e atitudes (nos antípodas da mensagem de misericódia divina de Jesus Cristo). Apesar de o filme não o mostrar, existindo uma breve referência biográfica, a experiência de dor comum levou-as a caminhos diferentes!

Da sinopse do DVD: Os conventos de Maria Madalena na Irlanda acolhiam raparigas enviadas pelas famílias, que ficavam aí encerradas e eram obrigadas a trabalhar para expiar os seus pecados. As penas que tinham que cumprir eram ilimitadas. Algumas mulheres viveram e morreram nos conventos. O último convento encerrou na Irlanda em 1996. O filme baseia-se no ponto de vista de quatro destas jovens nos anos 60, uma época de libertação de costumes para as mulheres. No entanto, estas jovens católicas viviam num pesadelo quase medieval. Cada uma ao seu modo, as jovens tentam revoltar-se e as suas vidas seguem trajectórias distintas.

Despedidas

"Despedidas" é um filme japonês de Yojiro Takita, que ganhou o Oscar mais importante... o de melhor filme estrangeiro (2009)! Tendo recebido posteriormente um comentário, resolvi comprá-lo apenas com base na capa do DVD, em especial nos vários prémios em festivais internacionais.

Apesar de não ter percebido nada do genérico final, tirando os nomes Bach e Beethoven, fiquei fã da actriz Ryôko Hirosue!!!

A cena final é bastante parecida com a do "Encontrarás dragões", sendo que uma pedra é bastantes mais enigmática que uma cassete ou algumas palavras escritas, mas se calhar é mais bela, ou pelo menos, se calhar diz mais (!!!!). Para além do violoncelo ser um elemento de ligação, a amabilidade e paciência da cultura japonesa são algo que devíamos aprender!

Encontrarás Dragões

(e... começei estas palavras no "Partilhas e crónicas" http://partilhasecronicas.blogspot.com/, que como o nome indica é partilhado, pois o Bruno Pereira, na sequência de um ano de crónicas na newsletter paroquial, partilhou-o com a Teresa Mendes e comigo; espero que este "engano" seja o causador de novos poemas, "desabafos!" e...)
O ódio conduz ao ódio! A guerra conduz à guerra! O Amor conduz ao Amor!
O "cartão de visita" foi a sinopse que vinha na "Voz da Verdade" de 29/05/2011: filmado durante a Guerra Civil Espanhola, o filme "Encontrarás Dragões" conta a história de dois amigos de infância separados quando escolhem caminhos distintos durante o conflito político. Josemaría Escrivá (fundador da Opus Dei) escolhe o caminho da paz e torna-se padre, enquanto Manolo Torres escolhe a vida de soldado levado pelo ódio, pela violência e pela vingança. Cada um deles irá lutar para que o poder do perdão persista sobre as forças que destruíram a sua amizade."
Em dia de aniversário da prima Paula Vaz, uma óptima escolha (e calma, pois numa sala de mais de 25o lugares, era eu e mais duas senhoras idosas, ou seja, sem pipocas e com muita calma... que até deu para estar, a pensar, até ao fim do genérico final!!! Afinal as grande produções americanas fazem mesmo maravilhas... nem que seja na sala ao lado!?!?!), este filme realizado por Roland Joffé ("A Missão", 1986), sendo que a "visada" até já tinha visto o filme!
Já não chorava num/com filme há algum tempo, desta vez graças à cena final do hospital, de Pai e Filho, que por acaso até faz parte da história ficcionada do filme!!! A bela fuga do jovem sacerdote Josemaria com o Santíssimo Sacramento debaixo do braço fez-me lembrar os testemunhos sobre os anos de perseguição e prisão contados pelos idosos sacerdotes húngaros em Esztergom no ICNE/2007, sem dúvida a cena onde perpassa o maior Amor pelos Outros!

É o que dá não escrever nenhuma entrada há algum tempo, e nem me "ocorreu" que tinha acesso a 2 blogues, mas eu que bem estava desconfiado, afinal não conseguia encontrar a etiqueta da mensagem/post (filmes), bendito Santo António, e já agora o seu feriado... apesar do "erro" a mensagem fica com beijos e abraços, e um sms, aos co-escritores Teresa e Bruno! :o)
Continuo no "Não nos ardia o coração?"...
De volta... o filme também me provou que preciso mesmo de ir ao oftalmologista, afinal não reconheci o Rodrigo Santoro e pensei que a Olga Kurylenko e a Golshifteh Farahani eram a mesma actriz!?!?
Pensando e lendo a polémica que facilmente se "levanta", lembrei-me que na semana passada, enquanto escolhia os Padroeiros dos 38 jovens da Paróquia da Rio de Mouro que participaram na Festa da Vida, subindo (e descendo) a Serra de Montejunto no dia 4 de Junho, que foram os Beatos João XXIII e Gianna Beretta Molla, São Maximiliano Maria Kolbe e Santa Teresa Benedita da Cruz (Edith Stein), curiosamente, ou talvez não, todos com a "chancela" do Beato João Paulo II, que grupos minoritários de católicos tradicionalistas (?) estiveram contra a beatificação do "Papa bom" ou o "Papa da bondade". Mais estranho este facto, que apenas descobri na Wikipédia, após a leitura da encíclica "Pacem in terris" (Paz na Terra), e sobretudo da "Mater et Magistra" (Mãe e Mestra), e a biografia "João XXIII" de Mario Benigni e Goffredo Zanchi e "Diário da Alma", ao cuidadode Loris F. Capovilla, ambos da Paulus.
Para acabar, três frases de "Rumo à santidade" de São Josemaría Escrivá (de Balanguer y Albás), um pequeno opúsculo da DIEL da colecção "Homilias":
"O caminho que conduz à santidade é o caminho da oração; e a oração deve enraizar-se a pouco e pouco na alma, como a pequena semente que se tornará mais tarde árvore frondosa."
"Neste esforço por nos identificarmos com Cristo, costumo falar de quatro degraus: procurá-lo, encontrá-lo, conhecê-lo, amá-lo."
"Caminho de Emaús. O nosso Deus encheu este nome de doçura. E Emaús é o mundo inteiro, porque Nosso Senhor abriu os caminhos divinos da terra."