"a minha vida - a autobiografia do Papa Bento XVI" de Joseph Raztinger da Livros do Brasil (2005), sendo escrito pelo próprio, até à altura de ter sido eleito Papa pelos cardeais, tem a sua força precisamente nesse facto, abordando os seus pais e irmãos, a II Guerra Mundial e as deambulações do teólogo pelo ensino e a investigação.
"Muitos destes seminaristas tinham prestado serviço militar durtante a guerra - quase todos durante vários anos -, passando por horrrores e provações que marcaram profundamente as suas vidas. Por isso, é compreensível que muitos destes velhos soldados olhassem para nós, jovens, como se fôssemos crianças imberbes a quem faltavam os sofrimentos ao ministério sacerdotal e que não tinham passado por aquelas noitas escuras da alma em que o sim ao sacerdócio pode receber a sua verdadeira forma."
"Ninguém duvidava que a Igreja era o lugar das nossas esperanças. Apesar de muitas fragilidades humanas, a Igreja tinha sido o pólo de oposição à ideologia destruidora da ditadura nazi; tinha permanecido de pé no meio do Inferno, que até poderosos engolira, graças à sua força proveniente da eternidade."
"Éramos mais de quarenta candidatos; quando fomos chamados respondemos Adsum, «Eis-me aqui». Era um esplêndido dia de Verão, que se tornou inesquecível como o momento mais importante da minha vida."
"Como lema episcopal escolhi duas palavras da Terceira Epístola de São João (versículo 8): «colaboradores da verdade», antes de mais, porque me parecia que tais palavras representavam bem a continuidade entre as minhas anteriores funções e este meu novo cargo; apesar de todas as diferenças, tratava-se e trata sempre da mesma coisa, seguir a verdade, pôr-se ao seu serviço."
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