11 de agosto de 2011

O Cardeal Newman

O livro "O Cardeal Newman - Precursor do Vaticano II" de Charles Sptephen Dessain (Padre), da Livraria Apostolado da Imprensa (Braga, 1990), permitiu-me conhecer melhor o Cardeal John Henry Newman, sobretudo o seu pensamento, o que defendia e as lutas que teve que travar. Sempre tive uma profunda admiração pelo Beato Newman, mesmo antes de conhecer muito da sua história, que cresceu ainda mais a partir do momento em que descobri que o belíssimo Hino das completas das 5.ª-feiras é da sua autoria: "Luz terna, suave, no meio da noite\ Leva-me mais longe...\ Não tenho aqui mora permanente: Leva-me mais longe..." (que por acaso já "passou" pelo blogue em 14 de Janeiro de 2010).

O Cardeal Newman (1801-1890) foi um Padre Anglicano, cujo estudo dos Padre da Igreja levou a interrogar-se sobre os fundamentos do anglicanismo e, no fim da sua reflexão, a tornar-se católico (1854).

"E este sermão concluiu: "Desejo um homem que com os lábios confesse a sua imortalidade, e que viva como quem tem consciência daquilo que os seus lábios dizem. Esse vai no caminho da salvação"."

" A liturgia é que sustenta a nossa fé; "no culto religioso vamos captando gradualmente o invisível"." (1830)

"A sua doutrina espiritual tinha em vista os leigos que vivem no mundo, e a eles procurava adptar-se." (1836)

"Deixei dito atrás que na minha conversão não fui consciente de que tivesse operado qualquer mudança nos meus pensamentos ou sentimentos, em matérias de doutrina."

"Respondeu-me com esta pergunta: 'mas o que são os leigos?' E eu respondi-lhe mais ou menos por estas palavras: 'sem eles a Igreja pareceria uma loucura'."

"Reafirmando o princípio que eloquentemente proclamara no seu artigo sobre o laicado, Newman insistia: "A Igreja actua como um todo; não é simplesmente uma filosofia, mas é uma comunhão; não descobre apenas a verdade, mas ensina-a; é obrigada a consultar, não só por motivos de fé, mas também de caridade"."

"'Sem certeza na fé religiosa, pode haver uma decência exterior de devoção e observância, mas é impossível ter hábitos de oração, ou intercâmbio íntimo com com o invisível, ou generosidade no vencimento próprio. A certeza é essencial para um Cristão; e se ele tem que perseverar até ao fim, esta certeza deve incluir em si o princípio de persistência'."

"Tinha 78 anos, quando recebeu o Chapéu Cardinalício, e os últimos onze anos da sua vida passou-os em relativa paz com a sua crescente comunidade, a sua escola, as inúmeras visitas, a vasta correspondência. Só desejava fazer tudo quanto pudesse para defender a Religião Revelada."

"Isto tornou-se notório sobretudo desde a 'abertura' da Igreja para o mundo dos nossos dias, começada por João XXIII, e continuada pelo Concílio Vaticvano II, que chegou a ser tido como "o Concílio de Newman"."

"Embora o mundo invisível fosse para ele tão vivo, tinha consciência das limitações da Revelação, e pediu que lhe inscrevessem estas palavras na lousa sepulcral: "Ex umbris et imaginius in veritatem" ("das sombras e imagens à verdade")."

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