Deus tem uma capacidade enorme de nos surpreender, pois não escolhe os mais capacitados!
E o "Santo" Padre Cruz nasceu há 150 anos (29/07/1859 - 1/10/1948), uma semana antes do falecimento do Santo Cura d'Ars.
E encontrar Ars no mapa também não é fácil! Se Belley, a diocese a que pertence, fica, relativamente a Lyon, para leste, no sentido da fronteira italo-helvética, Ars-sur-Formans (departamento d'Ain - 01) fica a 30 km a norte de Lyon (departamento de Rhône - 69). O que é uma óptima localização para quem se desloca para Taizé (Mâcon/Cluny), que fica ainda mais para norte de Lyon, pois sensivelmente a meio caminho fica Villefranche-sur-Saône (A6 saída n.º 31) , e Ars-sur-Formans fica só 7 km a leste desta.
(4 de Agosto) S. João Maria Vianney (o Santo Cura d'Ars)
Da "Liturgia das Horas":
Da "Liturgia das Horas":
Nasceu em Lião no ano 1786. Depois de superar muitas dificuldades, pôde ser ordenado sacerdote. Tendo-lhe sido confiada a paróquia de Ars, na diocese de Belley, o santo promoveu nela admiravelmente a vida cristã, por meio duma eficaz pregação, com a mortificação, a oração e a caridade. Revelou especiais qualidades na administração do sacramento da Penitência e na direcção espiritual, e por isso acorriam fiéis de todas as partes para escutar os seus santos conselhos. Morreu em 1859.
Oração: Deus omnipotente e misericordioso, que fizeste de São João Maria Vianney um sacerdote admirável no zelo pastoral, concedei-nos, que, imitando o seu exemplo, ganhemos para Vós no amor de Cristo os nossos irmãos e com eles alcancemos a glória eterna. Por Nosso Senhor.
Do livro "Arautos da Santidade - Vida dos Santos (Tu solus sanctus)" de António J. Dias f.m.s. (Editora Rei dos Livros, Abril de 2001):
É o nome do cura d'Ars como é mais conhecido. Viveu a infância num tempo de reboliço provocado pela Revolução Francesa.
A Primeira comunhão fê-la às escondias numa aldeia vizinha, na diocese de Lião. Teve a sorte de encontrar um padre que o instruiu, e, mais tarde, apoiou a sua vocação. Napoleão obrigou-o a enfileirar na campanha contra a Espanha, mas como caiu doente, não voltou para as fileiras e foi procurado como refractário.
Com muita dificuldade nos estudos lá conseguiu ser ordenado, em vista da sua grande piedade. Nomeado pároco de Ars, uma aldeia de uma 250 pessoas muito descristianizada, acabou por transformá-la inteiramente, à força de oração e penitência.
O seu dom de conhecedor das consciências e o dom de uma catequese muito familiar mas convincente, atraíam a seus pés multidões de penitentes, mais de cem mil por ano. O Diabo fazia-lhe a vida negra por ele lhe arrebatar tantas almas, pois chegava a confessar 18h por dia.
Algumas passagens retiradas da Agência Ecclesia (http://www.agencia.ecclesia.pt/cgi-bin/noticia.pl?id=73653):
Com 11 anos de idade confessou-se pela primeira vez ao Padre Groboz que viera, clandestinamente, visitar os seus pais e atendê-los espiritualmente. O exemplo deste sacerdote marcou profundamente a vida do jovem Vianney que recordou - até ao final da vida - a primeira confissão. No último ano do século XVIII recebe a primeira comunhão clandestinamente. De sua mãe recebe a instrução religiosa.
A 13 de Agosto de 1815, depois de enormes dificuldades, que pareciam insuperáveis por causa dos obstáculos que havia encontrado nos estudos, foi ordenado sacerdote.
Antes de ser enviado para Ars, o Padre Vianney passou três anos como coadjutor do idoso Padre Balley, na paróquia de Écully. Quando foi nomeado pároco de Ars, o vigário geral disse-lhe: "É uma paróquia pequena, onde não há muito amor a Deus. Deverá levá-lo para lá". A casa paroquial daquela localidade foi a residência do Padre Vianney durante 41 anos do seu ministério.
Em 1818, João Maria tinha 32 anos e os superiores, pela escassez de sacerdotes, confiaram-lhe a paróquia de Ars, um lugar afastado, onde nenhum sacerdote havia desejado ficar. Quando chegou lá - como um bom filho de São Francisco - humildemente, a pé, como um pobre entre os pobres, tentou logo conquistar aquelas almas.
Catarina Lassagne, filha de camponeses, foi a principal colaboradora do cura d'Ars e directora da «Providência», um orfanato criado por João Maria Vianney. O seu depoimento no processo de canonização foi o mais amplo e detalhado, e constitui até hoje a principal fonte de dados biográficos sobre o cura d'Ars.
No seu confessionário, onde muitas vezes sustentou lutas corpo a corpo com o inimigo, permanecia até 18 horas diárias, convertendo-se numa espécie de altar da misericórdia, onde começaram a acorrer pessoas de todas as partes da França e da Europa. O Santo Cura D'Ars nunca saiu ao átrio para chamar as pessoas, nem correu pelas ruas para agitar a indiferença dos paroquianos e nunca os reprovou. De joelhos diante do tabernáculo e da imagem da Virgem, permanecia longos tempos em oração, comendo apenas o necessário para viver, dormindo poucas horas durante a noite. Ainda que distraídos e despreocupados, os paroquianos começaram a ajudar. Vendo o pároco ajoelhado, ajoelhavam-se também, e rezavam com ele. A localidade de Ars converteu-se num caminho de peregrinação de todas as partes da França e da Europa.
Os peregrinos acorriam desde o amanhecer à aquela igreja que trinta anos antes se encontrara vazia: "Diga-me onde está Ars, e eu lhe indicarei o caminho do céu", havia dito São João Maria a um pastorzinho antes de chegar à sua paróquia. João Maria Vianney morreu a 4 de Agosto de 1859, aos 73 anos.
A 13 de Agosto de 1815, depois de enormes dificuldades, que pareciam insuperáveis por causa dos obstáculos que havia encontrado nos estudos, foi ordenado sacerdote.
Antes de ser enviado para Ars, o Padre Vianney passou três anos como coadjutor do idoso Padre Balley, na paróquia de Écully. Quando foi nomeado pároco de Ars, o vigário geral disse-lhe: "É uma paróquia pequena, onde não há muito amor a Deus. Deverá levá-lo para lá". A casa paroquial daquela localidade foi a residência do Padre Vianney durante 41 anos do seu ministério.
Em 1818, João Maria tinha 32 anos e os superiores, pela escassez de sacerdotes, confiaram-lhe a paróquia de Ars, um lugar afastado, onde nenhum sacerdote havia desejado ficar. Quando chegou lá - como um bom filho de São Francisco - humildemente, a pé, como um pobre entre os pobres, tentou logo conquistar aquelas almas.
Catarina Lassagne, filha de camponeses, foi a principal colaboradora do cura d'Ars e directora da «Providência», um orfanato criado por João Maria Vianney. O seu depoimento no processo de canonização foi o mais amplo e detalhado, e constitui até hoje a principal fonte de dados biográficos sobre o cura d'Ars.
No seu confessionário, onde muitas vezes sustentou lutas corpo a corpo com o inimigo, permanecia até 18 horas diárias, convertendo-se numa espécie de altar da misericórdia, onde começaram a acorrer pessoas de todas as partes da França e da Europa. O Santo Cura D'Ars nunca saiu ao átrio para chamar as pessoas, nem correu pelas ruas para agitar a indiferença dos paroquianos e nunca os reprovou. De joelhos diante do tabernáculo e da imagem da Virgem, permanecia longos tempos em oração, comendo apenas o necessário para viver, dormindo poucas horas durante a noite. Ainda que distraídos e despreocupados, os paroquianos começaram a ajudar. Vendo o pároco ajoelhado, ajoelhavam-se também, e rezavam com ele. A localidade de Ars converteu-se num caminho de peregrinação de todas as partes da França e da Europa.
Os peregrinos acorriam desde o amanhecer à aquela igreja que trinta anos antes se encontrara vazia: "Diga-me onde está Ars, e eu lhe indicarei o caminho do céu", havia dito São João Maria a um pastorzinho antes de chegar à sua paróquia. João Maria Vianney morreu a 4 de Agosto de 1859, aos 73 anos.
O post já vai longo, a Oração para o Ano Sacerdotal do Papa Bento XVI ficará para mais tarde, mas quero terminar com o Acto de Amor do Santo Cura d'Ars:
Eu vos amo, oh meu Deus, e meu único desejo
é amar-vos até ao último suspiro da minha vida.
Eu vos amo, oh Deus infinitamente amável,
e prefiro morrer amando-vos
que viver um único instante sem vos amar.
Eu vos amo, oh meu Deus, e só desejo o Céu
para ter a felicidade de vos amar perfeitamente.
Eu vos amo, oh meu Deus, e só compreendo o inferno
por aí não termos nunca a doce consolação de vos amar.
Oh meu Deus, se a minha língua
não pode estar sempre a dizer que vos amo,
quero que ao menos o meu coração vô-lo repita
tantas vezes como quantas eu respiro.
Ah! Dai-me a graça de sofrer amando-vos,
de vos amar sofrendo,
e de um dia expirar amando-vos e sentindo que vos amo.
E quanto mais me aproximo do meu fim,
tanto mais vos imploro
que aumentais o meu amor e o aperfeiçoeis. Ámen.
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