"Os Falsificadores" tinha para mim um grande cartão de visitas, pois foi galardoado em 2008 com o Oscar mais importante, que é o Oscar de... melhor filme estrangeiro!
Sinopse: Salomon Sorowitsch, um boémio e vigarista, preso num campo de concentração aceita em 1944 ajudar os nazis numa operação organizada de falsificação destinada a financiar o esforço de guerra.
Foi a maior falsificação de dinheiro de todos os tempos. Foram impressas mais de 130 milhões de libras esterlinas. Os alemães tinham percebido que o fim estava perto e a falsificação de dinheiro era uma forma de inundar as economias dos seus inimigos e encher os cofres que a guerra tinha esvaziado.
No campo de concentração de Sachsenhausen, dois barracões transformados num oficina de falsificação, para onde foram recrutados prisioneiros de vários campos: tipógrafos, empregados de banco e outros artífices. Se colaborassem com os alemães, integrando um comando de falsificadores, estes homens teriam uma hipótese de sobreviver aos campos, como prisioneiros de primeira classe. Mas os falsificadores não estavam apenas interessados em salvar as suas vidas, queriam também salvar as suas consciências...
Gosto bastante dos filmes desta triste época da história humana, a II Guerra Mundial, onde prepassam quase sempre uma tensão entre colaborar ou resistir, onde as atitudes mais nobres ou vis surgem, muitas vezes, de onde menos se espera! Além do mais, o filme é baseado numa história verídica (a Operação Bernhard), contendo o DVD um pequeno documentário de 10 minutos onde Adolf Burger, nascido da Eslováquia, e que foi consultor do filme, nos explica na primeira pessoa alguns dos episódios vividos por estes "estranhos" prisioneiros. O seu testemunho fez-me recordar o livro "Se é isto o homem" de Primo Levi, sem dúvida, muito mais violento, onde percebemos que a escala da degradação humana terá ultrapassado todos os limites imagináveis?!?
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